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quinta-feira, 31 de março de 2011

A Terra é azul e o autismo também

Infonet
31/03/2011

Artigo sobre o Dia Internacional de Conscientização do Autismo

Jorge Márcio
Imagem publicada - um pedaço de um quebra cabeças que traz um rosto de uma criança, que nos olha e interroga, com o texto abaixo, que é difundido no site da ONU, pelo World Autism Awaraness Day (Dia Mundial de Conscientização do Autismo), escrito com letras na cor laranja, trazendo o símbolo das Nações Unidas em azul, logo acima da frase. O quebra cabeças é muito utilizado para representar a heterogeneidade e os diferentes modos de ser e estar autista. (Foto David Rockind Design Kim Conger)

No dia 12 de abril de 1961, aos 27 anos de idade, Yuri Gagarin tornou-se o primeiro ser humano a ir ao espaço sideral, na nave Vostok 1, dando uma volta completa ao redor de nosso Planeta e nos legou uma das mais lindas frases: "a Terra é azul". Me lembro, então menino, da fascinação com a idéia poética de morar, viver e sobreviver em um mundo todo azul.

Essa cor à época nos fascinava com os "blue jeans" que representavam a nossa filiação ao modelo norte-americano de vestir e se comportar. Todos queríamos andar vestidos de azul. Garotos e garotas do twist e do Rock nos inspiravamos nas calças jeans Levi's ou Lee. E nossos heróis também as vestiam, desbotamente azuis, nas telas de cinema. Nos identificavámos projetivamente com a rebeldia, a vontade instituinte e potência de mudanças, a contracultura e o sonho de um mundo sem guerras e violências.

Hoje, às vésperas de mais uma data comemorativa e conscientizadora, estou retomando meu velho guarda-roupa. Irei reabilitar meus velhos jeans, minhas camisetas azuis e minhas jaquetas tingidas do mais legítimo índigo blues. Mas agora não é por mera cópia do modelo cultural de James Dean ou outros mitos cinematográficos. Irei me vestir de azul por uma causa muito mais viva em minha vida profissional e pessoal. Irei vestir o azul como forma de lembrar um grupo de pessoas que vivem com o autismo.

O autismo já me tocou pessoalmente há muitos anos, mas é preciso, nesse momento, relembrá-lo com uma atitude tão afirmativa como a que tomei no passado. É preciso que tomemos o azul como uma segunda pele, uma segunda camada de vida sobre nossos corpos. É a hora de tomada de consciência da existência de milhares de "rain man" no mundo.

São as pessoas que vivenciam os diferentes transtornos invasivos do desenvolvimento. São os que chamamos de autistas, desde sua conceituação por Leo Kanner em 1943, com sua aglutinação sob o manto diagnóstico de um grupo de crianças com distúrbios psiquiátricos. Este psiquiatra infantil as caracterizava como "portadoras de": "um isolamento extremo desde o início da vida e um desejo obsessivo pela preservação da mesmice".

Desde 2009, no dia 2 de abril é comemorado o Dia Internacional pela Conscientização sobre o Autismo (World Autism Awareness Day). Esta data foi proclamada em 18 de dezembro de 2007, quando a Assembléia Geral da ONU aprovou a resolução 62/139, apresentada pelo Estado do Qatar. Mas como promover essa consciência crítica?

Creio que deveríamos procurar o caminho de afloramento/aprofundamento dos nossos sentimentos provocados no contato com o sujeito com autismo, e digo isso a partir de minha própria vivência profissional. Mas nem todo mundo tem a experiência do acompanhar, cuidar e conviver com as estereotipias e os sintomas que afetam um autista. Porém, creio eu, que os filmes e documentários hoje em proliferação possam ser um bom meio de tomada de contato com a vida e os sentimentos que estes seres humanos provocam e vivenciam. Eu creio no possível efeito livre e crítico do cinema nos nossos inconscientes.

Um dos filmes recentes que recomendo é sobre Temple Grandin, que foi exibido pela HBO. O filme ficcional, mas quase documentário, ganhou prêmios, e se tornou um exemplo de rompimento de barreiras. Temple foi diagnosticada precocemente como autista, sua família, então, recebeu do modelo médico a indicação de sua institucionalização; depois, já na escola, foi chamada de gravador por repetir frases dos colegas. Mais tarde, em vida no campo, afeiçou-se pelas vacas e sua vida de confinamento a caminho do abate. Uma metáfora de vida autista em instituições do passado. Um isolamento institucional que até bem pouco era considerado o modo ideal de tratar os autistas.

Ela, após muitas lutas para ser menos excluída, com uma "máquina do abraço", ganhou espaço na universidade, atingiu o status de PhD em comportamento animal. Aos que não vêem sua possibilidade de inclusão escolar eu sugiro que assistamos sua história. Mas vestidos de jeans na alma, como uma experiência de identificação projetiva. Sugiro que nos coloquemos na pele de Temple. E que, vivenciando o próprio isolamento egóico, consigamos sair do egocentrismo e enfrentar o egoísmo dos que nos cerceiam e cercam, com máquinas que não abraçam, mas isolam, individualizam e, quase sempre, nos rotulam.

Em tempo, Temple Grandim tem uma indumentária quase sempre próxima do azul, pelo menos está sempre de jeans, e usa camisas listradas à moda texana. Por isso além de vestirmos os monumentos, as praças e as pontes de azul, estou convidando a todos e todas que nos coloquemos, coloridamente, azuis no dia 2 de abril. Mas, como já disse, é preciso que ele fique impregnado em nossas mentes e corações. É preciso que o azul do autismo esteja presente mais dias em nossos dias.

Nesse tempo de homogeneização e mesmice - dita era digital e idade mídia -, em nossos tão velozes, repetitivos, esteriotipados, consumidos, consumidores e distanciados cotidianos, o termo autismo acaba por ser mal utilizado em campos como a macropolítica e a economia, sempre significando um reducionismo de seu espectro ao isolamento egóico.

Relembro que já disse um dia, em outubro de 2007: "Precisamos, dentro de uma visão construcionista e pós-estruturalista, resignificar o lugar de sujeito para as pessoas com autismos, saindo da visão objetal e medicalizada de sua condição e existência, acreditando e exercitando o princípio de que eles, assim como nós, têm muito mais possibilidades do que limitações, para além de toda a complexidade de suas vivências, transtornos ou sofrimentos".

Vamos vestir azul no dia 2 de abril. E quem sabe a sorte de muitos outros poderá ser mudada. Eu vesti azul e a minha sorte já mudou. Se o astronauta viu a Terra vestida de Azul, e se nos últimos dias de Lua Cheia, tão próxima de nós, os poetas e cantores puderam declamar e cantar em tom de "blues", se os artistas como Picasso, um dia, tiveram sua "fase azul", que tal reafirmarmos que o autismo é azul. Mas isso só acontece e acontecerá: se nossos desejos de uma outra vida possível também forem intensificados em um devir azul como nosso planeta ainda em convulsão e tremores...a Terra é azul, e o autismo também! vamos cuidar, com muita suavidade, para que continuem assim.

O Rio ficou azul

G1
Rio de Janeiro - RJ, 31/03/2011

Dia em homenagem a autistas ilumina Cristo Redentor com cor azul

da Redação
O Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, o Monumento às Bandeiras e o Viaduto do Chá, em São Paulo, e a Torre de Televisão, em Brasília, serão iluminados com a cor azul, de amanhã até o dia 7, para marcar o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, celebrado no sábado. Esta é a quarta edição do evento mundial, e a homenagem ocorrerá ainda em outros pontos turísticos brasileiros, como a Ponte Estaiada e a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), na capital paulista, e internacionais, como o Empire State Building, em Nova York.

De acordo com a organização não-governamental (ONG) Autismo & Realidade, também está prevista uma prova de corrida e caminhada na manhã de domingo em São Paulo. Os participantes sairão da Ponte Estaiada, às 8 horas. A inscrição para a prova custa R$ 40, com todo o valor revertido para ações de capacitação e pesquisa realizada pela ONG. Conforme a entidade, não há informações oficiais a respeito do número de pessoas que têm autismo no Brasil, mas nos Estados Unidos a proporção chega a 1 em cada 110 crianças. Em todo o mundo, conforme a ONG, cerca de 0,7% da população, de 0 aos 20 anos, ou 1 em cada 143 jovens, tem um transtorno do espectro do autismo.

REATECH 2011 - X FEIRA INTERNACIONAL TECNOLOGIA EM REABILITAÇÃO, INCLUSÃO E ACESSIBILIDADE

REATECH 2011

Nos dias 14 a 17 de abril, em sua décima edição, a Reatech vai reunir mais uma vez no Centro de Exposições Imigrantes tecnologias e oportunidades diversas (algumas vagas empregos, acessibilidade, turismo adaptado, palestras…) para pessoas com alguma deficiência e profissionais da área.

Endereço: Centro de Exposições Imigrantes – Rodovia dos Imigrantes, Km 1,5 (São Paulo)


Eventos Simultâneos


CURSO SEM BARREIRAS NO TRABALHOCURSO SEM BARREIRAS NO TRABALHO 
14 de abril de 2011 – São Paulo – SP
Clique aqui e veja a programação
CURSO: VIVÊNCIA TEÓRICO - PRATICA EM TERAPIA ASSISTIDA POR ANIMAISCURSO: VIVÊNCIA TEÓRICO - PRATICA EM TERAPIA ASSISTIDA POR ANIMAIS 
17 de abril de 2011 - São Paulo - SP
Clique aqui e veja a programação
FÓRUM DE ATUALIDADES: LEI DE COTAS E TRABALHO DECENTE PARA A PESSOA COM DEFICIÊNCIA FÓRUM DE ATUALIDADES: LEI DE COTAS E TRABALHO DECENTE PARA A PESSOA COM DEFICIÊNCIA 
15 de abril de 2011 - São Paulo - SP
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II SEMINÁRIO: A SEXUALIDADE NA VIDA DA PESSOA COM DEFICIÊNCIAII SEMINÁRIO: A SEXUALIDADE NA VIDA DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA - Evento Gratuito
15 e 16 de abril de 2011 - São Paulo - SP
Clique aqui e veja a programação
PALESTRA / EVENTOS NO ESTANDE DA SECRETARIA MUNICIPAL DA PESSOA COM DEFICIÊNCIAPALESTRA / EVENTOS NO ESTANDE DA SECRETARIA MUNICIPAL DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA 
14 a 17 de abril de 2011 - São Paulo - SP
Clique aqui e veja a programação
PALESTRA:  TERCEIRO SETOR - DA CONSTITUIÇÃO À ATUAÇÃOPALESTRA: TERCEIRO SETOR - DA CONSTITUIÇÃO À ATUAÇÃO 
15 de abril de 2011 - São Paulo - SP
Clique aqui e veja a programação
REABILITAR - SP, 2010 ENCONTRO CIENTIFICO OTTO BOCKREABILITAR - SP, 2010 ENCONTRO CIENTIFICO OTTO BOCK 
15 e 16 de abril de 2011 – São Paulo – SP
Clique aqui e veja a programação
REASEM - X SEMINÁRIO DE TECNOLOGIAS DE REABILITAÇÃO E INCLUSÃOREASEM - X SEMINÁRIO DE TECNOLOGIAS DE REABILITAÇÃO E INCLUSÃO - Evento Gratuito
14 a 17 de abril de 2011 - São Paulo - SP
Clique aqui e veja a programação
SEMIEQ - Seminário Internacional de EquoterapiaSEMIEQ - Seminário Internacional de Equoterapia 
15 de abril de 2011 – São Paulo – SP
Clique aqui e veja a programação
SEMINÁRIO - Os Trabalhadores com Deficiência e a Qualidade de Vida no Ambiente de TrabalhoSEMINÁRIO - Os Trabalhadores com Deficiência e a Qualidade de Vida no Ambiente de Trabalho 
14 de abril de 2011 – São Paulo – SP
Clique aqui e veja a programação
SEMINÁRIO APAESEMINÁRIO APAE 
16 de abril de 2011 - São Paulo - SP
Clique aqui e veja a programação
SEMINEDI - V SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO INCLUSIVASEMINEDI - V SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA 
14 e 15 de Abril de 2011 - São Paulo - SP
Clique aqui e veja a programação
TECFISIO - II SEMINÁRIO DE TECNOLOGIAS AVANÇADAS EM FISIOTERAPIATECFISIO - II SEMINÁRIO DE TECNOLOGIAS AVANÇADAS EM FISIOTERAPIA 
15 a 17 de abril de 2011 - São Paulo - SP
Clique aqui e veja a programação
V SEMINÁRIO DA MULHER COM DEFICIÊNCIAV SEMINÁRIO DA MULHER COM DEFICIÊNCIA 
16 de abril de 2011 – São Paulo – SP
Clique aqui e veja a programação
XXIII JORNADA PAULISTA DE MEDICINA FÍSICA E REABILITAÇÃO REABILITAÇÃO NO IDOSOXXIII JORNADA PAULISTA DE MEDICINA FÍSICA E REABILITAÇÃO REABILITAÇÃO NO IDOSO 
16 de abril de 2011 – São Paulo – SP
Clique aqui e veja a programação

Oficina de capacitação de profissionais ao manuseio de tecnologia adaptada de baixo custo

Oficina do Centro de Tecnologia Adaptada “Mara Gabrilli” - Módulo I 

A oficina acontece no dia 8 de abril, das 8h às 17h, e tem 10 vagas. Seu objetivo é capacitar profissionais ao manuseio de recursos de tecnologia adaptada de baixo custo, bem como a elaboração de plano inclinado, cadeira de posicionamento e adaptadores de preensão. 


Inscrições custam R$ 250,00 e podem ser feitas pelos telefones (11) 3660-6455 / 3660-6465 e pelo e-mail: edinéia@laramara.org.br

Oficina sobre atividade de vida autônoma social da pessoa com deficiência Visual e múltipla - gratuíto

Oficina sobre atividade de vida autônoma social 

O curso acontece no dia dia 8, das 8h30 às 12h, tem 20 vagas e é gratuito. O objetivo é discutir o processo de aquisição de autonomia e independência para realização de atividades de vida autônoma social para crianças/jovens com deficiência visual e múltipla. 


Inscrições pelos telefones (11) 3660-6455 / 3660-6465 e pelo e-mail: edinéia@laramara.org.br 
Endereço: R. Conselheiro Brotero, 338 - Barra Funda. São Paulo - SP (próximo à estação Marechal Deodoro do Metrô)

Curso de Formação básica em Deficiência Física para Professores na AACD

26º Curso de formação básica em deficiência física para professores da rede regular de ensino 


Organizado pela AACD Ibirapuera, o curso acontece no dia 4 de abril, das 18h às 22h. O público alvo são estudantes e profissionais das áreas de educação e reabilitação infantil e o curso custa para aqueles e estres, respectivamente R$ 70,00 e R$ 90,00.Inscrições pelo site: http://www.aacd.org.br/, ou pelo telefone: (11) 5576-0979 

Endereço: Av. Professor Ascendino Reis, 724 - Vila Clementino. São Paulo - SP

terça-feira, 29 de março de 2011

Educador Educar 2011

Na 18ª edição da EDUCADOR/EDUCAR, reservamos a maior e uma das mais conceituadas programações temáticas já vista em nosso país e na América do Sul.

Serão dois Congressos e dois Seminários Internacionais, com 120 atividades ao longo dos 4 dias de evento, com 118 profissionais do Brasil e do exterior.

Os 16 convidados internacionais estarão atuando em 30 das atividades programadas.

Sendo assim, teremos a sua disposição os eventos:

  • 18º EDUCADOR - Congresso Internacional sobre Educação
  • 7º EDUCADOR MANAGEMENT - Seminário Internacional de Gestão em Educação
  • 9º AVALIAR - Congresso Internacional sobre Avaliação na Educação
  • 1º EDUCATEC - Seminário Internacional sobre Tecnologias para a Educação

Ao todo serão 15 horários, de quarta-feira a sábado, com 8 atrações em cada horário.

Você poderá optar por uma das atividades de qualquer um dos Congressos e Seminários escalados naquele horário e que seja de seu interesse ou mesmo que mantenha relação com sua área de atuação profissional.

Para facilitar sua escolha e melhor orientá-lo, estamos identificando no folder, próximo à foto de cada palestrante, o evento que aquele tema é mais indicado.

Temos certeza de que você aproveitará ao máximo o conteúdo, os profissionais propostos e as nossas atrações em forma de: Palestras convencionais, Mesas de Debates, Palestras em formato talk show, além de uma peça teatral sobre a vida do educador Paulo Freire, todas imperdíveis.

Fonte:
http://www.futuroeventos.com.br/novo-site/eventos/detalhe-evento.php?conteudo=126&evento=157

Siemens iMini, um aparelho auditivo tão pequeno quanto eficaz

Tech Tudo
21/03/2011

Aparelho auditivo da Siemens promete alta qualidade sonora e visual com estilo

Bruno do Amaral
Há anos deficientes auditivos podem contar com a tecnologia para ajudar a recuperar parte da capacidade de ouvir com dispositivos que amplificam o som, mas convenhamos que não são exatamente produtos que primam pela beleza. Não é caso do iMini, o aparelho auditivo da Siemens que promete alta qualidade sonora e visual com estilo.

Mesmo com as 12 diferentes cores disponíveis para o dispositivo, a empresa jura que ele é discreto o suficiente para passar despercebido. Isso porque o iMini se encaixa na parte maleável e cartilaginosa do canal auditivo de modo personalizado – a Siemens constrói o aparelho manualmente para se adaptar ao usuário sob demanda.

É tão personalizado que o consumidor recebe até um certificado de autenticidade com número serial e o nome de quem manufaturou o produto. Segundo a empresa, é “o reflexo de coleguismo, habilidade e orgulho da Siemens”.

Além do formato moldável na fábrica, o iMini ainda pode ter as configurações de áudio de acordo com o gosto do consumidor. Há também os recursos “FeedbackStopper” (que garante que não ocorra vazamento de som ou microfonias irritantes), “Speech and Noise Management” (que reduzem automaticamente o ruído externo enquanto isolam e melhoram a voz que você precisa ouvir) e “SoundSmoothing” (uma espécie de filtro redutor de barulhos repentinos, como vidros quebrando ou pratos batendo) da empresa para proporcionar maior fidelidade sonora e conforto.

O iMini já está disponível no mercado norte-americano por um preço não informado pela Siemens. No entanto, se custar algo como os equipamentos equivalentes já lançados, provavelmente ficará na faixa dos US$ 3 mil a US$ 6 mil. Não é barato como um fone de ouvido, mas é mais como uma prótese do que um mero gadget.

Catequese de pessoas com deficiência é tema de encontro nacional

Canção Nova
21/03/2011

Religiosos evangélicos buscam maneiras de incluir o deficiente em seus cultos

da Redação
Com o tema “A Igreja e a Pessoa com Deficiência”, a Comissão Episcopal Pastoral para Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) vai realizar no próximo fim de semana, de 25 a 27 de março, o 5º Seminário Nacional de Catequese junto à Pessoa com Deficiência. O evento acontece no Centro de Pastoral Santa Fé, em São Paulo (SP).

Participarão do evento, catequistas e profissionais que trabalham com pessoas deficientes: psicólogos, pedagogos, psicopedagogos, além de religiosos, padres e leigos. A assessora do Setor Bíblico-Catequético da CNBB, irmã Zélia Maria Batista, afirmou que um dos objetivos do seminário é resgatar a reflexão e propostas da Campanha da Fraternidade 2006, “Fraternidade e a Pessoa com Deficiência”.

“Queremos, a partir deste V Seminário, resgatar as propostas da CF-2006 que tratou das pessoas com deficiência. Vamos discutir os avanços da Igreja junto a essas pessoas e em quais pontos falta avançar, pois nós percebemos que existe ainda falta de formação de catequistas para acolher as diversas deficiências”, antecipou irmã Zélia.

A assessora afirmou ainda que o Seminário se propõe a animar, orientar e articular as ações bíblico-catequéticas desenvolvidas junto às pessoas com deficiência nos regionais da CNBB. Terá seus desdobramentos com a publicação de um DVD com um roteiro pastoral sobre como trabalhar com pessoas com deficiência. “O Seminário vai ser desdobrado nas bases da Igreja por meio das comunidades, paróquias e dioceses espalhadas pelo Brasil. Um DVD com orientações pastorais está sendo pensado para dar continuidade ao projeto”, garantiu a assessora.

O primeiro passo a ser conquistado para evangelizar os deficientes, segundo irmã Zélia, é saber acolhê-lo na comunidade. “As pessoas ainda não sabem o que fazer com a pessoa com deficiência e, às vezes, é preciso atitudes muito simples: o gesto de uma acolhida faz a diferença, mas é preciso, mais do que isso, preparação dos catequistas. É para isso que estamos organizando este Seminário, para que depois ele tenha seus desdobramentos nas comunidades e dioceses do Brasil”, frisou a religiosa.

Catequese para pessoas com deficiência
“Levanta-te e anda” (At 3,6). O lema do Seminário é tirado do livro dos Atos dos Apóstolos e tem por objetivo mudar a situação das pessoas com deficiência a partir do convite à participação e o agir. O lema convida a sociedade a não fazer dos deficientes “coitadinhos”, mas ultrapassar as barreiras do preconceito e transformar essas pessoas em protagonistas. Para isso, o seminário contará com palestras proferidas por pessoas com deficiência que vivem no dia a dia as dificuldades e obstáculos impostos pelos afazeres diários como também pelo preconceito instaurado na sociedade moderna. O lema do evento é um “imperativo com muitos significados: sair do conforto, curar a dor e agir, mudar a situação”.

Curso de formação em Audiodescrição

Boletim RINAM
São Paulo - SP, 22/03/2011

O curso “Formação em Audiodescrição: Roteiro e Produção” tem como objetivo formar profissionais para atuar e desenvolver audiodescrição em produtos culturais e de comunicação

da Redação
O curso “Formação em Audiodescrição: Roteiro e Produção”, desenvolvido pela Museus Acessíveis em parceria com a Fundação Dorina Nowill para Cegos, tem como objetivo formar profissionais para atuar e desenvolver audiodescrição em produtos culturais e de comunicação, resultando na inclusão cultural das pessoas com deficiência visual.

A audiodescrição garante a inclusão das pessoas com deficiencia visual em eventos, cinema, espetáculos de teatro, óperas, exposições culturais e de artes. É um recurso que descreve o ambiente e imagens, transformando as imagens visuais em informações verbais descritivas.

O curso será composto por aulas teóricas e atividades práticas sobre as diferentes modalidades de audiodescrição e suas especificidades como: eventos presenciais, cinema, publicidade, produtos editoriais, exposições e outros.

A coordenação e aulas prático-teóricas são de responsabilidade de Viviane Sarraf e também contamos com convidados especiais representando o público alvo da audiodescrição e os profissionais que estão atuando na área.

Serviço
Carga Horária: 40 horas presencial e a distância
Local: Auditório da Fundação Dorina Nowill para Cegos
Data: 02, 09, 16, 23 e 30 de Maio de 2011
Horário: 9h às 12h – Palestras e aulas teóricas.
13h às 15h – Avaliação de Trabalhos e orientações
15h às 17h – Espaço Aberto
Público Alvo: Profissionais e estudantes das áreas de comunicação, tradução, educação, cultura, artes, museus, produção cultural e interessados.
Taxa de inscrição: R$ 380,00 e R$ 320,00 para estudantes e professores com comprovante.
Benefícios: Certificado e apostila em arquivos digitais.
Local: Auditório da Fundação Dorina Nowill para Cegos
Rua Dr. Diogo de Faria, 558 – Vila Clementino – São Paulo – SP (próximo ao Metrô Santa Cruz)
Inscrições pelo e-mail: viviane.sarraf@fundacaodorina.org.br

Contato: (11) 5087-0999 ramal 0955 – às segundas e quintas-feiras pela manhã.
Participação Docente:
Regina Fátima Oliveira – Coordenadora da Revisão Braille da FDNC,
Maria Regina Lopes – Assistente Social - FDNC
Antonio Carlos Grandi – Diretor e Coordenador dos Cursos de Informática - FDNC
Palestrantes e temas:
Edson Defendi - FDNC – A pessoa com deficiência visual e a audiodescrição
Susi Maluf - FDNC – Audiodescrição – Processo de produção de produtos audiodescritos.
Lúcia Maria e Marcelo Sanches (ledores) – Da leitura de Livros Falados à Audiodescrição: mudanças e características.
Eliana Franco – Coordenadora do TRAMADAN - UFBA - Pesquisas em Audiodescrição e contribuições para o desenvolvimento da área no Brasil.

ONGs de São Paulo fazem processo seletivo para escolher os voluntários

G1
São Paulo - SP, 28/03/2011

Mais de três mil candidatos estão esperando uma vaga, para ser voluntário em uma organização não governamental de São Paulo. Não basta querer ser voluntário, o candidato precisa enfrentar entrevistas e até fazer provas

da Redação
O trabalho voluntário está cada dia mais concorrido. Em única ONG de São Paulo, quase quatro mil candidatos estão numa lista de espera.

Hoje, não basta vontade. Para ser candidatar a uma vaga a pessoa precisa passar por provas, cumprir horários e até formação na área que vai trabalhar.

Maria Cristina lê em voz alta para que a deficiente visual confira se o texto em braile está correto.

A bancária aposentada é voluntária na ONG Dorina Nowill ajudando na revisão de livros para cegos. Maria Cristina precisa ficar quatros horas por semana na ONG.

“É saber se a transcrição do livro em tinta está exatamente correto, ou seja, pontuação, grafia”, explica Maria Cristina Quintino de Araújo, voluntária.

Para ser voluntário na fundação é preciso mais do que boa vontade. “Saber explicar para mim, se for uma figura, explicar como está em tinta e ter paciência com leitura”, conta Maria Helena Pereira Da Silva Araújo, revisora de livro em braile.

Livros e revistas são gravados em cd por profissionais contratados. O mesmo trabalho pode ser feito por voluntários em casa e no computador.

Susi conta que de 40 candidatos inscritos, apenas oito passam no processo seletivo. Poucos continuam. “Vem que não tem tempo, vem que não era exatamente o que elas estavam pensando e comprometimento realmente de continuar a leitura acaba se perdendo um pouco”, revela Susi Maluf, da Fundação Dorina Nowill.

O que é preciso para ser um voluntário? Na maioria das ONGs, a pessoa tem que ter no mínimo 18 anos; dedicar um número de horas que a ONG estipular; não pode faltar e é preciso ter compromisso.

Algumas ONGs exigem formação na área que o voluntário vai atuar. Outras oferecem treinamentos.

Três mil e 500 pessoas estão na lista de espera para fazer parte do programa doutores cidadãos, mas antes de se caracterizar e levar alegria a hospitais e asilos, os interessados precisam passar por um treinamento intenso e por um processo de seleção rigoroso.

Só é aceito o voluntário que conseguir realizar 12 tarefas. Abraçar quem você não conhece é um dos passos. É preciso ainda doar sangue, pesquisar sobre o trabalho dos políticos em quem você votou e arrecadar material para doação.

O método serve para selecionar os candidatos e ao mesmo tempo permitir que eles exercitem o voluntariado enquanto aguardam por uma vaga no curso de formação.

“Nós fazemos o possível para que ele se torne um voluntário. Não importa se é conosco, com outro. Isso não é problema. Não é o mais importante. O mais importante é essa pessoa se conscientizar de que o trabalho voluntário pode mudar o mundo”, explica Roberto Ravagnani, da ONG Canto Cidadão.

O operador de bolsa de valores Marcelo foi aprovado e percorre os hospitais distribuindo bom humor. “Estamos sempre presos no nosso mundo. Aí quando você vem ao hospital, ver que tem pessoas necessidades, passando dificuldades. É muito gratificante pode levar um pouquinho de alegria para essas pessoas”, diz Marcelo Oya, voluntário.

Mais informações:

Delegação mogiana é vice-campeã dos Jogos Paulistas 2011

Lista de e-mails
Mogi das Cruzes - SP, 29/03/2011

Evento foi realizado na Associação Paulista de Desporto para Cegos

Hélio Rong Júnior
A Delegação Paraolímpica retornou dos I Jogos Paulista 2011 com a Taça de Vice-Campeã Geral.O Evento foi realizado pela Federação Desporto para Cegos- FPDC no período de 25 a 27 de Mogiana Paulista de março na Cidade de Taubaté e contou com a participação de 14 Cidades do Estado de São Paulo e um contingente de 350 Paraatlétas em seis modalidades que serão disputadas em três etapas: Judô, Natação, Atletismo, Goalball, Fut. 5 e Xadrez, todos adaptados para atender ao segmento da pessoa com baixa visão e cega.

Menino autista que tem Q.I. superior a Einstein desenvolve sua própria teoria da relatividade

Jacob Barnett tem apenas 12 anos e já está tão avançado nos estudos que seus professores o direcionaram para o doutorado

da Redação
Com apenas 12 anos, e um QI de 170 – superior a Albert Einstein – , o americano Jacob Barnett está tão avançado em seus estudos na Universidade de Indiana (EUA) que os professores estão o direcionando para uma função de pesquisa de doutorado. O menino, que aprendeu sozinho cálculos, álgebra, geometria e trigonometria em uma semana, agora ajuda seus colegas da faculdade depois das aulas.

Jacob, que foi diagnosticado com síndrome de Asperger, uma classificação dentro do espectro autista em que muitos têm essa habilidade especial, lançou o seu projeto mais ambicioso: ele está desenvolvendo uma versão expandida da teoria da relatividade de Einstein.

Sua mãe, sem ter certeza se o filho estava falando bobagem ou genialidade, enviou um vídeo com a sua teoria para o renomado Institute for Advanced Study, perto da Princeton University, nos Estados Unidos. Segundo o jornal norte-americano Indy Star, um e-mail enviado por um professor de astrofísica do instituto confirmou a autenticidade da teoria de Jake. “Estou impressionado com o seu interesse pela física e o quanto ele aprendeu até agora. A teoria em que ele está trabalhando envolve vários dos problemas mais difíceis em astrofísica e física teórica. Quem os resolve estará no caminho para o Prêmio Nobel”, disse Scott Tremaine.
Com apenas 12 anos, e um QI de 170 – superior a Albert Einstein - , o americano Jacob Barnett está tão avançado em seus estudos na Universidade de Indiana (EUA) que os professores estão o direcionando para uma função de pesquisa de doutorado. O menino, que aprendeu sozinho cálculos, álgebra, geometria e trigonometria em uma semana, agora ajuda seus colegas da faculdade depois das aulas.

Jacob, que foi diagnosticado com síndrome de Asperger, uma classificação dentro do espectro autista em que muitos têm essa habilidade especial, lançou o seu projeto mais ambicioso: ele está desenvolvendo uma versão expandida da teoria da relatividade de Einstein.

Sua mãe, sem ter certeza se o filho estava falando bobagem ou genialidade, enviou um vídeo com a sua teoria para o renomado Institute for Advanced Study, perto da Princeton University, nos Estados Unidos. Segundo o jornal norte-americano Indy Star, um e-mail enviado por um professor de astrofísica do instituto confirmou a autenticidade da teoria de Jake. “Estou impressionado com o seu interesse pela física e o quanto ele aprendeu até agora. A teoria em que ele está trabalhando envolve vários dos problemas mais difíceis em astrofísica e física teórica. Quem os resolve estará no caminho para o Prêmio Nobel”, disse Scott Tremaine.

Acessibilidade digital e treinamento

Microsoft libera treinamento e recursos on-line para acessibilidade

da Redação
A Microsoft Corp. anuncia hoje a disponibilidade imediata do Microsoft Accessibility Tools & Training, pacote de cursos de treinamento, ferramentas e outros recursos de acessibilidade gratuitos on-line para ajudar os desenvolvedores do mundo todo a criar produtos, serviços e sites de tecnologia acessíveis a pessoas com deficiências e permitir que líderes de negócios tomem mais decisões estratégicas de tecnologia.

A Microsoft fez o anúncio na 26ª conferência anual International Technology and Persons with Disabilities, organizada pela California State University, Northridge (CSUN). A conferência anual da CSUN une a comunidade de acessibilidade para compartilhar melhores práticas e descobrir produtos e soluções de acessibilidade novos e emergentes.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Deficiência Visual associada à Deficiência Múltipla é tema de Seminário na Secretaria

O evento contou com a participação de 600 inscritos, com e sem deficiência, entre profissionais e estudantes das áreas da saúde e educação

da Assessoria de Imprensa
No dia 22, a Laramara - Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual, com o apoio da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência e Imprensa Oficial do Estado, realizou o I Seminário: "Deficiência Visual Associada à Deficiência Múltipla: encarando desafios e construindo possibilidades".

O evento contou com a participação de mais de 600 inscritos, com e sem deficiência. O Seminário foi destinado a profissionais e estudantes das áreas de habilitação e reabilitação, pedagogia, terapia ocupacional, psicologia, educação física, fonoaudiologia, fisioterapia, serviço social e da múltipla deficiência.

A Secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Doutora Linamara Rizzo Battistella, fez a abertura e declarou que São Paulo se destaca nas questões que envolvem a pessoa com deficiência. "Nós queremos um Brasil capaz de acolher todos. Uma sociedade que possa buscar soluções e estratégias para materializar a inclusão social. A inclusão a partir da educação supera tudo no país. Supera todos os limites, com passos firmes em direção a construção de uma sociedade devidamente democrática e justa. Não existe outro caminho para a liberdade a não ser a educação, e sem liberdade não existe democracia. A educação liberta, a educação nos dá oportunidade de transmitir, pensar e escolher".

A Secretária destacou que o evento reúne profissionais que se debruçam em uma importante questão: a inclusão social de pessoas com deficiência a partir da Educação. "É a garantia de que o desejo de construção, de um conhecimento capaz de fazer a transformação da sociedade vai passando em nossas vidas, vai ao encontro de novas soluções. Nós temos que ser incansáveis no quesito criatividade. Buscar novas estratégias, mais tecnologias, para que possamos atingir esse universo de 29 milhões de pessoas com deficiência, que precisam ter ocupação e oportunidades materializadas a partir dos caminhos da educação.

Todos nós temos que ter a educação como ferramenta de inclusão e desenvolvimento social. Sabemos que a partir de eventos como este, temos mais discernimento e, portanto, mais oportunidade para levar para os nossos alunos, para os nossos usuários, novas perspectivas e novas oportunidades". Ela destacou, ainda, que a palavra "inovação" vai se colocando dentro do cenário das políticas pública como uma rotina. "A partir de parcerias com entidades da sociedade civil, encontrando novos caminhos e buscando formas para incentivar o compromisso de garantir a inclusão de todas as pessoas, com e sem deficiência."

Na ocasião, foi lançado o livro "Deficiência Visual Associada à Deficiência Múltipla e o Atendimento Educacional Especializado: Encarando Desafios e Construindo Possibilidades", organizado por Mara Siaulys, Eliana Ormelezi e Maria Emília Briant.

Shopping punido por impedir entrada de cliente com cão-guia

A Notícia
Caxias do Sul - RS, 10/03/2011

Justiça condenou Shopping Center Iguatemi Caxias a pagar multa por danos morais

da Redação
A Justiça Estadual condenou o Shopping Center Iguatemi Caxias a indenizar em R$ 12,4 mil por dano moral deficiente visual que foi impedido de ingressar com seu cão-guia nas dependências do estabelecimento. Por unanimidade, os integrantes da 6ª Câmara Cível mantiveram a sentença proferida em 1ª instância pela Juíza de Direito Dulce Ana Gomes Oppitz, da Comarca de Caxias do Sul.

O autor é portador de deficiência visual e em outubro de 2003 adquiriu um cão-guia para se locomover sozinho. Em setembro do ano seguinte, deslocou-se com a família e seu cão-guia da cidade de Bento Gonçalves até Caxias do Sul para lanchar no Shopping Iguatemi, mas seguranças o impediram de ingressar no local sob a alegação de que seu cão-guia não poderia adentrar no estabelecimento.
Acrescentou que mesmo tendo em mãos a Lei Estadual nº. 11.739/02, a qual autoriza a locomoção de deficientes visuais em local público ou em qualquer estabelecimento comercial, sua entrada não foi permitida, tendo o segurança alegado ser proibido o ingresso de cães no interior do local por se tratar de condomínio particular. Aduziu que o chefe segurança se recusou a chamar o administrador do Shopping para resolver o assunto, sendo o fato presenciado por várias pessoas que transitavam pelo local.

Referiu que, após o ocorrido, dirigiu-se até uma Delegacia de Polícia, onde o inspetor que se encontrava de plantão se recusou a lavrar ocorrência, mas fez contatos com o Shopping depois que o autor mostrou-lhe a Lei nº. 11.739, sendo que a Administração do estabelecimento acabou por autorizar a entrada do autor acompanhado do seu cão-guia. Aduziu que por não haver mais clima para o passeio, e por estar avançada a hora, não retornou ao local. Sustentou que o réu causou lesão ao seu direito, que está amparado na Lei nº. 11.739/02 e no art. 5º da Constituição Federal.

Crianças com gagueira sofrem mais com o bullying

Expresso MT
Cuiabá - MT, 11/03/2011

Uma nova pesquisa publicada por uma universidade americana aponta que os eventos de bullying contra crianças gagas impactam mais na sensação de ansiedade do que a própria gagueira – um problema de fluência da fala amplamente conhecido

da Redação
“Técnicas que ajudam essas crianças a lidar com a gagueira podem não dar conta de todo o problema, pois o impacto emocional pode vir de outras fontes”, explica Willian Murphy, pesquisador da Universidade de Purdue. “Mesmo as crianças que trabalham suas emoções em terapias podem continuar a sentir os efeitos negativos dessas provocações na escola na idade adulta. A habilidade verbal comprometida mesmo depois de velhos pode ter raízes nas situações embaraçosas criadas pela gagueira na infância e amplificadas pelo bullying.”

Murphy também trabalhou com outros dois pesquisadores – Scott Yaruss, da Universidade de Pittsburgh, Robert Quesal e Nina Reardon, da Universidade de Western Illinois – e publicou um livro sobre o tema.

Nos EUA, as escolas são as responsáveis pelas terapias para ensinar as crianças a lidar com a gagueira. “Entretanto, essas crianças podem não receber o melhor tratamento possível e, fora isso, as crianças com níveis de ansiedade mais altos podem não ter sido identificadas adequadamente, pois as terapias são desenhadas para atender a grupos amplos, onde a individualidade muitas vezes pode não estar sendo observada”, diz Murphy.

Nesse ponto, os pais e cuidadores precisam conversar com seus filhos sobre o bullying e ensiná-los a lidar com as situações de violência verbal. Entre as estratégias para lidar com o bullying está ter um grupo de bons amigos que possam auxiliar essas crianças a se sentirem mais protegidas e mesmo se sentarem mais próximos dos professores, para evitar serem alvos de ataques durante a aula.

“Os pais muitas vezes cometem o erro de achar que as crianças devem ignorar os bullyes – indivíduos que cometem o bullying – ou então enfrentá-los fisicamente. As crianças não conseguem ignorar algo que as incomoda. E brigar não resolve o problema da forma mais adequada, além de levar a maiores problemas no futuro”, explica o pesquisador.

Problema não pode ser minimizado
Para o especialista, os professores também precisam estar preparados para falar sobre o assunto de forma adequada, lembrando inclusive que figuras históricas tinham gagueira (incluindo cantores e atores). Mas o problema não pode ser simplificado.

“Todo mundo reconhece a gagueira e a maioria das pessoas acha que sabe como curá-la. Parece fácil, afinal é só ‘a pessoa relaxar’. Mas não é bem assim que a gagueira funciona”, aponta Murphy.

A gagueira é uma combinação complexa de fatores biológicos e emocionais. Ela só pode ser diagnosticada com um maior nível de certeza após praticamente seis meses de acompanhamento. O histórico familiar ainda não é um fator determinante claro, mas sabe-se que meninos desenvolvem mais o problema do que as meninas. E, de acordo com dados americanos, aproximadamente 70% dos casos de gagueira na idade pré-escolar são superados antes das crianças terem idade para entrar na escola. Já com crianças mais velhas e adolescentes, as chances do problema de fluência acompanhá-los até a idade adulta é mais alto.

Será que a minha filha é disléxica?

Educare PT
Portugal, 11/03/2011

A confusão que gira à volta do termo dislexia é tão elevada que por vezes não é fácil chegar a um consenso

Adriana Campos
"Eu tenho uma filha de 8 anos de idade e foi-lhe detetada dislexia. Contudo a professora não admite nem acredita que a criança sofra desta dificuldade de aprendizagem. Gostaria que me ajudassem, isto é, gostaria que me dissessem a partir de que idade se pode detetar a dislexia."

Antes de responder à questão colocada, é importante fazer algumas considerações, algumas delas "politicamente incorretas ". O elevado número de crianças que apresentam relatórios com diagnóstico de dislexia poderá justificar a atitude de rejeição da professora aqui referida. Muitos destes relatórios levantam imensas dúvidas e levam a suspeitar que quem avaliou as crianças não teve em consideração todos os critérios necessários para que o diagnóstico fosse efetivamente rigoroso. As informações transmitidas por esta mãe são tão reduzidas que apenas é possível levantar questões relacionadas com as muitas situações com que sou confrontada no dia a dia.

A confusão que gira à volta do termo dislexia é tão elevada que por vezes não é fácil chegar a um consenso. Para que se possa falar em dislexia, é necessária a existência de um problema neurológico que provoque uma dificuldade duradoura na aprendizagem da leitura, em crianças com capacidade intelectual normal ou acima da média para a faixa etária, escolarizadas e sem qualquer perturbação sensorial e psíquica. Face a isto, vamos analisar várias hipóteses.

Consideremos uma criança exposta a um contexto de grande violência no seio da família: se apresentar dificuldades de aprendizagem nos primeiros anos de escolaridade será disléxica ou não conseguiu fazer a aprendizagem da leitura pelo facto de emocionalmente não existirem condições para tal? Um aluno não aprendeu devidamente o mecanismo de leitura porque é disléxico ou porque apresenta défice cognitivo ou alguma perturbação sensorial? Uma criança é disléxica ou a mudança frequente de professora e de método nos primeiros anos de escolaridade não facilitou o processo de aprendizagem da leitura?

Com todas estas questões quero apenas demonstrar que o diagnóstico de dislexia não pode ser feito sem um cuidadoso e minucioso estudo da situação. Parece-me que este estudo aprofundado nem sempre é feito e, por isso, há tanta desconfiança em relação ao diagnóstico "disléxico(a)". Quando a escola receciona relatórios de um determinado técnico que apresenta quase sempre o mesmo texto, em que quase só o nome da criança é alterado, é normal que a desconfiança surja...

Desconheço os motivos do desacordo entre esta mãe e esta professora, mas parece-me que seria importante haver uma reunião alargada, em que o técnico que avaliou a criança também estivesse presente, para esclarecer melhor a situação.

Nesta questão da dislexia surge geralmente um problema adicional. Os pais cujos filhos têm dificuldades de leitura gostariam de contar com mais apoio ao nível escolar, nomeadamente de um apoio efetivo de técnicos especializados neste âmbito. O que acontece é que o número de professores da educação especial escasseia e por vezes não são suficientes para acudir a este tipo de situações.

Ainda quanto à pergunta colocada por esta mãe, segundo vários autores, não se pode fazer um diagnóstico definitivo de dislexia antes dos 7 anos, ou antes de pelo menos um ou dois anos de aprendizagem escolar, pois antes de estarem reunidas estas condições certos erros são bastante frequentes.

Quando uma criança é considerada disléxica isso significa que apresenta dificuldades no âmbito da leitura. Quando existem problemas desse tipo, independentemente de haver ou não acordo relativamente ao diagnóstico, o importante é identificar as dificuldades específicas daquela criança e trabalhá-las. Discutir eternamente o diagnóstico não conduzirá certamente à solução do problema.