CONTATO: olhares.especiais.inclusao@gmail.com

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

STEVE JOBS E A REVOLUÇÃO NA ÁREA DA DEFICIÊNCIA


Inclusive
10/10/2011

Como as criações da Apple ajudam a vida de pessoas com deficiência

Equipe Inclusive
Patricia Almeida
Quando criou o iPad, Steve Jobs não tinha ideia do quanto aquela ferramenta iria ajudar um grupo de pessoas em geral esquecido. Sem querer, a comunidade de pessoas com deficiência ganhou um aliado de peso. O iPhone e iPad - influenciando os demais smartphones e tablets - acumulam um mundo de possibilidades para desenvolver as habilidades de pessoas com deficiência, facilitar sua vida, além de entretê-las e divertí-las, como nunca antes se imaginou possível.

Como forma de homenagear este visionário que infelizmente se foi, compartilho abaixo alguns dos usos possíveis do iPad e seus aplicativos por pessoas com deficiência. Melhor ainda quando chegarem ao Brasil os tablets de US$ 35 lançados na India, que assim poderão efetivamente chegar às mãos das pessoas com deficiência no país e no mundo.

Os vídeos abaixo estão em inglês, mas podem ser entendidos em grande parte apenas pelas imagens.

Minha filha, Amanda, jogando memória com o iPad

O iPad é uma mudança radical para pessoas com autismo

Aqui um menino com apraxia pede para comer queijo e biscoito usando o iPad.

Neste um menino com autismo aprende a escrever as letras usando o iPad.
http://youtu.be/o0eiovHNzAM

Menino com autismo ganha um iPad e começa a descobrir suas múltiplas funções

O mesmo menino usando o iPad para ajudar com o que está estudando na escola

Menina com síndrome de Down aprendendo a ler, escrever e falar com o iPad

Proloquo2go customizado para uma menina pequena se comunicar

Criança com síndrome de bebê sacudido usa o iPad para usar mão

Bebê com holoprosencefalia brinca com o iPad

Homem surdo mostra aplicativos úteis

Homem surdo apresenta aplicaticos, inclusive o telefone com imagem no iPad2

Acessibilidade - Voice Over, Zoom e White on Black


IPad PODE AJUDAR CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL


O Estado de S. Paulo
Estados Unidos, 11/10/2011

Tradicionalmente os terapeutas que tratam estas crianças usam caixas de luz; tablet simulou esse método

da Redação
WASHINGTON - O iPad pode ajudar a melhorar os resultados dos tratamentos de crianças com deficiência visual cortical (DVC), um transtorno neurológico grave causado por um dano cerebral que as impede interpretar a informação visual que recebem, segundo um trabalho de campo publicado na quinta-feira, 6.

A intervenção antecipada na vida das crianças que padecem desta incapacidade é fundamental, afirmam os pesquisadores da Universidade do Kansas, já que, com as técnicas adequadas, a visão pode melhorar com o passar do tempo - e o iPad poderia ter um papel "crucial" neste processo.
Esta deficiência pode se manifestar desde o nascimento e sua gravidade depende do tipo de lesão do paciente, mas sempre requer cuidados específicos e uma educação especial.

A doutora Muriel Saunders do Life Span Istitute da Universidade do Kansas, especializado em pacientes com incapacidades, utilizou os tablets da Apple em seu trabalho terapêutico com um grupo de 15 crianças e "ficamos totalmente surpresos", comentou.

"As crianças que normalmente não veem as pessoas, não respondem a objetos ou respondem de uma maneira muito repetitiva, ficaram fascinadas com o iPad", destacou a médica, que ajuda a desenvolver as habilidades da linguagem nos pequenos pacientes.

Tradicionalmente os terapeutas que tratam estas crianças usam uma caixa de luz, similar a que os médicos empregam para ver uma radiografia, já que é mais fácil ver as luzes e os objetos em alto contraste.

"Uma pessoa com DVC grave passa muito tempo olhando para as luzes. Embora não distingam com clareza, "pode ser que vejam algo, mas não veem os rostos ou os objetos. Portanto, é como se fossem cegos", explicou Muriel.

A médica seguiu a sugestão de um de seus colaboradores de usar o iPad como réplica da caixa de luz e descobriram que as possibilidades de interagir com sons e cores são muito mais atrativas para as crianças.sons, imagens e silhuetas de cores sobre um fundo branco.

Muriel frisou que esta é apenas uma pequena amostra e ainda falta uma pesquisa formal para documentar o poder do iPad para ajudar estas crianças.

"Usando o iPad, os meninos não só podem interagir com a tela, mas podemos ensinar através de uma série de passos a controlar as coisas nessa tela", considerou a médica, que agora procura financiamento para realizar uma pesquisa mais profunda.

Durante os testes iniciais, Muriel contou com a colaboração de especialistas do Junior Blind of America, uma instituição que se dedica a trabalhar com crianças cegas.

CURSO "INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA E MOBILIDADE REDUZIDA NA EDUCAÇÃO PARA O TRANSITO"


São Paulo - SP, 13/10/2011

Inscrições deverão ser feitas pela Internet

Divulgação
O curso tem como objetivo principal a conscientização da população no que diz respeito às pessoas com deficiência e o processo de inclusão delas na sociedade.

A quem se destina
- Educadores;
- Profissionais de ONGs;
- Cuidadores;
- Interessados no tema.
O curso terá carga horária de 20h distribuídas em quatro aulas, a serem cursadas durante o período de 3 semanas.

As inscrições devem ser feitas através do link: http://www.cetsp.com.br/consultas/educacao/ensino-a-distancia/publico-em-geral/inclusao-da-pessoa-com-deficiencia-e-mobilidade-reduzida-na-educacao-para-o-transito.aspx#

II SIMPÓSIO "UM OLHAR MULTIDISCIPLINAR SOBRE A SÍNDROME DE DOWN"


ASSID
Taubaté- SP, 13/10/2011

Evento acontece em Taubaté no dia 22 de outubro

Divulgação
Em comemoração ao Dia Municipal das Pessoas com Síndrome de Down de Taubaté, a Associação para Síndrome de Down de Taubaté - ASSID e a Faculdade Anhanguera, tem o prazer de convidar para o II Símpósio "Um olhar Multidisciplinar para Síndrome de Down", com o objetivo de possibilitar melhores condiçoes para a inclusão das pessoas com Síndrome de Down.

Programação:
7h30: Credenciamento

8h30: Palestra: "Alimentação Saudável em todas as ocasiões da Vida"
Palestrante: MS Jaqueline Muller - Mestra em Ciências pela Faculdade de Saúde Pública da USP.

9h30: Palestra: "O Coração e a Síndrome de Down"
Palestrante: Drª Jane Cristina Ebram - Especialista em Cardiologia Pediatríca

10h30: Café

11h00: Palestra: "Limites - São Necessários? Como Trabalha-los?"
Palestrante: Ana Maria Gomes de Araújo (Ana Baiana) - Pedagoga, Psicopedagoga e MS em Linguística aplicada a Educação.


Local: Auditório da Faculdade Anhanguera
Unidade 1 - Av. José Olegário de Barros, nº 46/58 - Vila das Graças - Taubaté/SP

Incrições Gratuitas:
Telefones: (12) 3631-2906/ 3622-8791
e-mail: inscricao.assid@hotmail.com

Prazo de inscrição: 20 de Outubro de 2011 - vagas limitadas

CEGUEIRA PODE SER EVITADA LOGO APÓS O NASCIMENTO


Sempre Materna
18/10/2011

Uma gota de nitrato de prata ajuda na prevenção de doenças oculares

da Redação
Desde cedo, é possível evitar algum tipo de alteração na visão do bebê. Ainda na sala de parto, é pingada uma gota de nitrato de prata, que ajuda na prevenção de doenças oculares graves que possam causar cegueira.

Mesmo assim, o acompanhamento dos pais é fundamental para o desenvolvimento de uma visão saudável. De acordo com o doutor e diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, Renato Neves, existem 40 milhões de cegos no mundo e pelo menos metade poderia estar enxergando se tivesse recebido socorro imediato.

O especialista afirma que, caso haja mancha branca na pupila, vermelhidão nos olhos, ou ainda se a criança demonstrar incômodo na presença de luz e lacrimejamento constante, os pais devem levá-la ao oftalmologista. O tamanho dos olhos e sua movimentação também são relevantes e devem ser acompanhados.

O desenvolvimento da visão dos pequenos

De acordo com pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, os bebês até 15 meses de vida têm mais dificuldade em enxergar imagens em movimento quando comparados aos adultos. Segundo o coordenador do estudo, Faraz Farzin, os bebês não nascem com as habilidades visuais que vão precisar ao longo da vida. O cérebro é que, gradualmente, passa a usar a informação visual para desvendar o mundo.

"Isso justifica, por exemplo, por que os programas infantis devem usar a linguagem visual numa velocidade compatível à percepção das crianças pequenas. Caso contrário, tudo o que verão são manchas e borrões coloridos", afirma o Dr. Renato Neves. Papais e mamães precisam estar atentos ao olhar dos filhos e devem estimulá-los com brinquedos e imagens frequentemente.

BEBÊS PREMATUROS E DE BAIXO PESO TÊM MAIOR RISCO DE AUTISMO


Notícias UOL
18/10/2011

Entre 1984 e 1987, 5% dos bebês com baixo peso no nascimento foram diagnosticados com autismo.

da Redação
Os bebês prematuros e de baixo peso são cinco vezes mais propensos a desenvolver autismo que os bebês nascidos no período correto e com peso normal, segundo um estudo divulgado nesta segunda-feira (17 de outubro) nos Estados Unidos após duas décadas de pesquisas.

Há algum tempo se sabe que os bebês prematuros correm mais riscos de ter problemas de saúde e atraso cognitivo, mas o estudo publicado na revista Pediatrics é o primeiro a estabelecer uma relação entre o baixo peso ao nascer e o autismo.

Os cientistas estudaram 862 crianças do nascimento até a idade adulta. Os participantes do estudo nasceram entre 1984 e 1987 em três condados de Nova Jersey com pesos entre 500 gramas e dois quilos.

Com o tempo, 5% dos bebês com baixo peso no nascimento foram diagnosticados com autismo, contra 1% de prevalência entre a população geral.

"A medida que a sobrevivência dos bebês menores e imaturos melhora, os que seguem adiante representam um desafio cada vez maior para a saúde pública", disse a principal autora do estudo, Jennifer Pinto Martin, diretora do Centro de Estudos do Autismo e Deficiências do Desenvolvimento da Faculdade de Enfermaria da Universidade da Pensilvânia.

"Os problemas cognitivos nestas crianças podem esconder um autismo de fundo", completou, antes de pedir aos pais que levem os filhos para exames ante a suspeito de um transtorno de espectro autista.
"A intervenção rápida melhora os resultados em longo prazo e pode ajudar estas crianças tanto na escola como em casa", disse.

GRAVIDEZ PRECOCE AUMENTA RISCO DE CEGUEIRA INFANTIL


Boa Saúde - UOL
18/10/2011

Nos bebês prematuros a retina não se encontra completamente vascularizada e pronta para entrar em contato com o ambiente externo.

da Redação
Mesmo diminuindo, os índices de gravidez na adolescência ainda merecem atenção da saúde pública. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 18,2% das mães brasileiras têm entre 15 e 19 anos. O oftalmologista Leôncio Queiroz Neto explica que a gravidez precoce, ou seja, em menores de 18 anos, é um fator de risco para o parto prematuro.

Para Queiroz Neto, a gravidez nessa faixa estaria esta associada à sobrevida de 80% dos bebês prematuros e esta fazendo a retinopatia da prematuridade crescer no país.

A doença, caracterizada pelo desenvolvimento desordenado dos vasos da retina que pode provocar falhas na circulação, hemorragia e o descolamento da retina, representa a segunda causa de cegueira entre as crianças brasileiras. A estimativa do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) é de que no Brasil ocorrem 30 mil novos casos ao ano. Entre bebês prematuros, 30% são atingidos pela retinopatia e 8% desses ficam cegos.

Segundo o médico, isso acontece porque nos bebês prematuros a retina não se encontra completamente vascularizada e pronta para entrar em contato com o ambiente externo. Crianças com peso inferior a 1,5 quilo ou nascidos antes da 36ª semana de gestação.

Para evitar a perda da visão, ele destaca que deve ser feito um exame de fundo de olho, no máximo, até a sexta semana do nascimento, ou seja, ainda na UTI neonatal. A doença ainda pode causar alterações nos olhos que podem exigir o uso de correção visual e procedimentos cirúrgicos. As principais são: alto grau de vício refrativo (miopia, hipermetropia ou astigmatismo), estrabismo, ambliopia e visão subnormal.

JUSTIÇA DETERMINA QUE PROFESSORA COM DEFICIÊNCIA VISUAL SEJA EMPOSSADA


Apontada como como inapta para ser empossada por ser portadora de deficiência visual, porfessora será avaliada durante o estágio probatório pela equipe multiprofissional.

da Redação
A professora M.R.D.R. conseguiu na Justiça que o município de Ubatuba a emposse no cargo de professora e que a compatibilidade entre as atribuições do cargo e a sua deficiência seja avaliada durante o estágio probatório pela equipe multiprofissional. A decisão é da última sexta-feira (7 de outubro) do juiz João Mário Estevam da Silva, da 1ª Vara Judicial, do fórum local.
M.R.D.R. foi aprovada em 1º lugar em concurso para professor - PEB I (Edital 008/06), mas o resultado da perícia médica a apontou como inapta para ser empossada por ser portadora de deficiência visual. Em seu pedido, a autora argumenta que o resultado não pode ser aceito porque a deficiência que a acomete nunca a impediu de exercer suas atividades de professora, tanto que lecionou em Ubatuba e em outros municípios.

O juiz, em sua decisão, afirma que a autora será devidamente avaliada quando submetida ao estágio probatório. "É intuitivo que a avaliação da compatibilidade entre as atribuições do cargo e a deficiência do respectivo candidato será eficazmente realizada no bojo do estágio probatório, podendo ser exonerado caso não seja aprovado (artigo 20, Lei nº 8.112/90)."

Segundo o magistrado, ainda que "o edital preveja a possibilidade de exclusão do candidato portador de deficiência incompatível com as atribuições do cargo e que tal exame será realizado após a convocação para a nomeação, não se afigura razoável que do candidato seja previamente retirada a possibilidade de demonstrar sua real capacidade, aptidão e adequação, não sendo suficiente que apenas um profissional médico - por melhor que seja sua técnica -, defina-o como incapaz".

O magistrado ressalta ainda que M.R.D.R. foi aprovada em 1º lugar, ostenta farta experiência profissional e um considerável número de atividades científicas, o que demonstra ser pessoa empenhada, dedicada, zelosa, e voltada ao aperfeiçoamento. Para ele, tais elementos são relevantes e não podem ser desprezados. "Ao contrário, evidenciam que, apesar da deficiência de que é portadora, a autora busca sua integração social, competindo com outras pessoas desprovidas da mesma condição peculiar. Essa realidade, ao que parece, é desconhecida do profissional que avaliou subjetivamente a autora, conduzindo à precipitada conclusão de tê-la como inapta para assumir o cargo", declara.

João Mário Estevam salienta que ao proferir a sentença fez o uso apenas da mão esquerda, por ter a mão direita impossibilitada, momentaneamente, em decorrência de tendinopatia - constatada há dois dias - e que apesar de ser condição estranha ao mérito da demanda, tal condição trouxe a ele a clara visão de que estar incapacitado é conclusão que demanda análise mais profunda.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

III ENCONTRO INTERNACIONAL DE TECNOLOGIA E INOVAÇÃO


Data do evento: De 24 a 26 de outubro de 2011
Tipo: Exposição
País: Brasil
Cidade/Estado: São Paulo

Descrição do evento:
Reserve sua agenda para o III Encontro Internacional de Tecnologia e Inovação para Pessoas com Deficiência, que se realizará de 24 a 26 de Outubro de 2011, conforme o convite abaixo.
Este ano, o tema do evento será "O Desenho Universal na Indústria Brasileira", tendo por objetivo discutir quanto os princípios do Desenho Universal vem influenciando as empresas brasileiras.

Gostaríamos de contar com sua participação e colaboração, dando sugestões sobre o programa do Seminário, bem como se inscrevendo e/ou indicando potenciais expositores para a Exposição de Inovação em Tecnologias Assistivas.
Como nos anos anteriores, a Comissão Organizadora selecionará projetos inovadores, entre centros de pesquisa, universidades e empresas, nacionais e internacionais, a serem apresentados em estande gratuitamente cedido, escolhidos a partir de três critérios essenciais: (i) evidente inovação, (ii) não disponibilidade no varejo convencional, e (iii) representar avanço nos processos de reabilitação e/ou atividades da vida diária das pessoas com deficiência.
Envie sua proposta, detalhando o que pretende expor, para chjunior@sp.gov.br até 19 de Agosto de 2011. Os expositores selecionados serão divulgados até 26 de Agosto de 2011.
Sua participação é fundamental para o sucesso do evento!
A marca do encontro internacional de tecnologia e inovação para pessoas com deficiência, que este ano chega à sua terceira edição, é a organização, coordenação e realização de atividades voltadas à difusão de ajudas técnicas e tecnologias inovadoras. Aguardamos a sua visita! No hotel Tivoli, Alameda Santos, 1437, São Paulo, Brasil. Mais informações e inscrições pelo site: www.sedpcd.sp.gov.br/3-encontro

McDIA FELIZ EM MOGI DAS CRUZES


Marcado para este sábado, 27/08, das 11 às 20 horas, no McDonald's do Mogi Shopping o McDia Feliz

As voluntárias da Rede de Combate ao Câncer estão no Saguão da Prefeitura Municipal para vender ticketes  do lanche Big Mac a R$ 9,75, camisetas a R$ 15,00, squeezes a R$ 10,00 e canecas a R$ 5,00.

Colabarem a arrecação será destinada ao tratamento de crianças e adolescentes com câncer.

CARAVANA DA INCLUSÃO, ACESSIBILIDADE E CIDADANIA ACONTECE EM MOGI DAS CRUZES


Mogi das Cruzes sediará no próximo Sábado, dia 27, às 9h. a 2ª Caravana da Inclusão, Acessibilidade e Cidadania. Participem!
A CARAVANA:


Entre julho e dezembro de 2011, a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, em parceria com a União de Vereadores do Estado de São Paulo (UVESP), Rede Lucy Montoro e com o apoio do Conselho Estadual para Assuntos da Pessoa com Deficiência (CEAPcD), realiza a 2ª Caravana da Inclusão, Acessibilidade e Cidadania.
A Caravana tem o objetivo de mobilizar e conscientizar a sociedade para a necessidade de implementar e consolidar políticas públicas que contemplem os direitos das pessoas com deficiência.
Segundo estimativas atuais, no Estado de São Paulo há cerca de 5 milhões de pessoas com deficiência, mais de 26  milhões no Brasil, que exigem condições específicas para o pleno exercício de sua cidadania. 

Os encontros abordam temas fundamentais para a plena inclusão da pessoa com deficiência, com destaque para: Educação Inclusiva, Trabalho e Renda, Ações e Programas Prioritários da Secretaria, Direitos  e Cidadania da Pessoa com Deficiência, entre outros. 

A Caravana tem como publicoalvo: prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, autoridades municipais, gestores públicos, pessoas com deficiência, familiares e representantes da sociedade civil em todos os Municípios do Estado de São Paulo.
As palestras são ministradas por especialistas da área, representantes da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, entre outros. A coordenação geral dos encontros é do Assessor Político Carlos Alberto Cruz Filho.
A Caravana é aberta a todos, as inscrições são gratuitas e podem ser realizadas na abertura de cada  evento.
Confira, abaixo, as cidades por onde percorre a Caravana da Inclusão, Acessibilidade e Cidadania:

30/07    PIRACICABA
13/08    OLÍMPIA
27/08    MOGI DAS CRUZES
10/09    CATANDUVA
24/09    LENCÓIS PAULISTA
08/10    ASSIS
22/10    ITAPETININGA
12/11    ARARAQUARA
26/11    PARIQUERA AÇÚ
10/12    SÃO PAULO (CAPITAL)

Mais informações:
- Coordenadoria de Políticas Públicas da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência: 
(11) 5212.3700, Carlos Cruz.
Imprensa> (11) 5212.3702 - Daniela.

ABERTURA DAS PARAOLIMPÍADAS ESCOLARES E LANÇAMENTO DO SELO DE "30 ANOS DO AIPD"


Paraolimpíadas Escolares é iniciada e, na mesma oportunidade, carimbo e selo são lançados
Durante os dias 27 e 30 de agosto acontecerá na cidade de São Paulo as Paraolimpíadas Escolares 2011. São 1211 atletas inscritos e mais de 600 técnicos e pessoal de apoio, somando 1820 participantes.
Com realização da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência em parceria com o Comitê Paraolímpico Brasileiro, a Prefeitura Municipal de São Paulo e o Comitê de Apoio ao Paradesporto do Estado de São Paulo, a abertura do evento acontecerá em 27 de agosto no Anhembi.
"É um dos maiores eventos (senão o maior) do mundo, envolvendo estudantes e o paradesporto",afirma a Secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Dra. Linamara Rizzo Battistella.
O evento é destinado aos alunos com deficiências física, intelectual e visual, na faixa etária de 12 a 19 anos e que estejam regularmente matriculados no ensino fundamental e médio, que participam por meio de representações enviadas pelas unidades da federação. Em 2011, o evento contará com a participação de 23 estados inscritos, mais o Distrito Federal.
Durante a cerimônia de abertura, 27 de agosto, acontecerá também o lançamento do carimbo e selo "30 anos de AIPD", em comemoração aos 30 anos do  Ano Internacional das Pessoas Deficientes (1981).
As peças foram criadas com o intuito de sensibilizar a sociedade para a história do importante segmento social que após trinta anos trouxe muitas conquistas em termos de garantias constitucionais, legislativas e de possibilidade de participação social da pessoa com deficiência. Criar o selo e o carimbo é uma forma de rememorar a importância do AIDP que contou, à época, com esta forma de comunicação.
Foram elaborados 2.000 selos comemorativos e a réplica do carimbo comemorativo.
http://www.pessoacomdeficiencia.sp.gov.br/sis/lenoticia.php?id=831
fonte: 

PUC COMEMORA 65 ANOS COM PALESTRA SOBRE DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA


“Não há futuro sem passado”, afirma a Secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Dra. Linamara Rizzo Battistella
Uma plateia de jovens muito atentos, do curso de Direito da PUC de São Paulo, prestigiou a palestra "As novas Fronteiras dos Direitos das Pessoas com Deficiência", ministrada pela Secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência e médica fisiatra, Dra. Linamara Rizzo Battistella, na manhã desta terça, 23 de agosto de 2011. O evento marcou a abertura da comemoração pelos 65 anos da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, fundada em 1946.
A abertura foi presidida por Caio Heitor Duarte, presidente do Centro Acadêmico 22 de Agosto. E contou com a participação inusitada de dois nobres formandos da primeira turma de Direito da PUC/SP, os doutores Jairo Navarro e Francisco Florêncio.
Dr. Navarro citou uma frase que a Dra. Linamara proferiu, ao conversarem informalmente na abertura da comemoração: "não há futuro sem passado". Dr. Florêncio, com humor refinado, disse: "que bom que veio, doutora, nosso Direito precisa mesmo de uma médica". Ao compor a mesa de abertura, ambos fizeram menção ao início do curso, na PUC, quando, à época, havia um ou dois carros no estacionamento da universidade, ao contrário de hoje, quando quase nem conseguiram achar vaga. Também o Dr. Florêncio foi apontado pelo colega como o criador do primeiro grande escritório de advocacia de São Paulo, nos idos anos de 1950, em parceria com a Alemanha.
Dra. Linamara Rizzo Battistella, em sua palestra, apresentou aspectos relevantes para a garantia de direitos da pessoa com deficiência. Iniciou com a definição de quem é a pessoa com deficiência e tomou como parâmetro a Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência: "Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de natureza física, intelectual, mental ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade com as demais pessoas". Na sequência apresentou os números da população com deficiência no Brasil - cerca de 30 milhões - e no estado de São Paulo - mais de 5 milhões.
Destacou itens primordiais para a garantia de direitos: transporte, mobiliário urbano, acessibilidade, inclusive na comunicação, por meio de legendas na programação de TV, e intérprete de Libras para acesso de pessoas surdas a conteúdo em eventos. Destacou também os equipamentos e tecnologias que dão acesso à educação (inclusive à distância), cultura, trabalho, esporte, lazer, saúde e turismo.
A Secretária destacou ainda o lançamento pela Organização das Nações Unidas, em 9 de junho deste ano, do Relatório Mundial sobre Deficiência, no qual é anunciado a existência de 1 bilhão de pessoas com deficiência no mundo. Deste lançamento, a Dra. Linamara participou pessoalmente, em Nova York, EUA, representando não só o estado de São Paulo, como o Brasil.
As comemorações pelos 65 anos da PUC/SP seguem por todo esse segundo semestre de 2011, nos vários campi. Confira a programação em

HELTON ARAUJO FALA DAS CONQUISTAS DO FILHO ARTHUR, QUE TEM SÍNDROME DE WERDNIG-HOFFMANN

Veja SP
15/08/2011




Mauricio Xavier
“Eu era casado havia cinco anos quando descobri que não podíamos ter filhos. Fizemos uma fertilização e a gestação foi tranquila. Arthur nasceu com poucos movimentos nos membros, o único reflexo era no olhar e na sucção. Foram solicitados exames neurológicos, mas pensamos que ele só tomaria um remédio, algo assim.

No terceiro mês, Arthur foi internado com um quadro de pneumonia. Quando cheguei ao hospital, fui informado de que meu filho possuía a síndrome de Werdnig-Hoffmann (atrofia muscular espinhal), uma doença degenerativa, grave e rara transmitida de forma genética: eu e minha mulher, Juliana, temos o gene. Disseram que Arthur faria traqueostomia e gastrostomia — e que viveria três anos, no máximo.

Eu me desesperei, discuti com o médico. Quando entrei na UTI e vi o bebê entubado, fiquei completamente desorientado. Fui direto para casa pesquisar na internet e só achei coisa ruim. Eu não acreditava em depressão, mas ocorreu comigo: fiquei quatro dias deitado no sofá. O que você pensa é: ‘O que fiz de errado para carregar essa cruz?’. Quem fala que não foi assim está mentindo.

Hoje o arrependimento por um pensamento desses até machuca. No quarto dia, sentei e cheguei à conclusão: “Bom, é agora que ele mais precisa de mim”. A partir daí, minha vida mudou para melhor. Na época do nascimento, eu estava com 30 anos, dando uma boa alçada na vida e com o ego inflado. Pois o meu filho veio e me fez um homem de verdade.

Mesmo com a bomba para respirar e a sonda para se alimentar, a gente se comunica perfeitamente por sons, sinais e olhares. Ele me derruba quando olha direto nos meus olhos. Sonho com o Arthur se levantando da cama, jogando bola, andando de skate, mas a falta disso tudo não é um inconveniente. Ele se diverte, vai ao cinema, à praia. Uma das coisas que me deixaram frustrado foi saber que eu não ouviria o som da sua voz. Hoje isso não incomoda. Por todo esse histórico, eu me sinto especial, privilegiado. Se eu tivesse uma criança dentro dos parâmetros normais, não sei se seria o que sou hoje.”

ANAC ANUNCIA REVER RESOLUÇÃO SOBRE ACESSIBILIDADE DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA EM AEROPORTOS


Medida visa deixar aeroportos mais acessíveis até 2013

José Carlos Oliveira
A Agência Nacional de Aviação Civil vai rever a resolução sobre acessibilidade nos aeroportos para melhorar o atendimento aos passageiros com deficiência e mobilidade reduzida. O anúncio foi feito, na quarta-feira, dia 10 de agosto, durante a audiência pública na Comissão de Direitos Humanos que debateu o tema. A resolução está em vigor desde 2007 e traz as obrigações das companhias aéreas e da administração aeroportuária no atendimento às pessoas com deficiência. O superintendente de segurança operacional da Anac, David Neto, afirmou que houve avanços de acessibilidade nos aeroportos, mas admitiu a necessidade de melhorias.

Cadeirante, a deputada Rosinha da Adefal, do PT do B de Alagoas, questionou, por exemplo, como os aeroportos brasileiros vão receber os atletas dos Jogos Paraolímpicos de 2016 se a atual resolução da Anac prevê que o número de cadeirantes por aeronave deve obedecer a um limite de 50% dos tripulantes de cabine. David Neto explicou que esse limite é estabelecido por segurança operacional. Segundo ele, a resolução está em processo de revisão e as novas normas serão submetidas à consulta pública antes da publicação. "Estamos revendo a resolução 9/07 de uma forma bastante técnica, estudando o assunto com a importância que ele merece. A Anac, as empresas aéreas e as administrações aeroportuárias sabem que o assunto é importante e requer uma dedicação maior e que essa nova resolução traga melhorias nas condições de transporte desses passageiros."

David Neto garantiu que a fiscalização da Anac quanto à acessibilidade é firme. Desde 2007, a agência autuou empresas aéreas 123 vezes e órgãos de administração aeroportuária, 142 vezes por descumprimento das normas. A Infraero informou que trabalha com base em um plano de ação até 2013 para a plena instalação de equipamentos e serviços de acessibilidade nos 66 aeroportos administrados pela empresa.
A representante da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Ângela Cunha, também anunciou que o órgão vai trabalhar, junto com a ABNT, na normatização dos equipamentos complementares de acessibilidade, como as passarelas telescópicas usadas para o embarque e desembarque dos deficientes nas aeronaves.

Entidades ligadas aos usuários reclamaram muito do atual atendimento. Foi o caso do vice-presidente da Associação Nacional em Defesa dos Passageiros do Transporte Aéreo, Alcebíades Santini. "Nós temos uma situação assim: total falta de infraestrutura e falta de planejamento e gestão competitiva. E esse loteamento de cargos em funções técnicas é extremanente grave. Não temos investimento tecnológico."

Deputados cadeirantes, como Rosinha da Adefal, Walter Tosta, do PMN, e Mara Gabrilli, do PSDB, relataram vários dos problemas que vivenciam no dia-a-dia dos aeroportos brasileiros. Eles citaram dificuldades e constrangimentos no embarque, desembarque e revista de passageiros e nos banheiros das aeronaves; casos de extravio de cadeira de rodas, e até a história de um passageiro cego que foi proibido de entrar na aeronave com cão-guia.

Segundo Walter Tosta, o objetivo da audiência foi sensibilizar os órgãos reguladores e fiscalizadores quanto à implementação efetiva da acessibilidade, a fim de garantir a plena circulação da pessoa com deficiência. "Para que ele possa realmente fazer uso da aeronave e de suas passagens para que ele tenha um conforto e não passe por tantos constrangimentos como têm ocorrido hoje."

Walter Tosta é autor de um projeto de lei (PL 435/11) que disciplina o uso de passarelas fingers e ambulift, usadas no embarque e desembarque de passageiros com deficiência. O texto está em fase inicial de tramitação.

ESTOJO PARA iPAD FACILITA USO PARA DEFICIENTES VISUAIS


Henrique Geek
15/08/2011

Empresa desenvolve case de iPad em braille para pessoas com deficiência visual

Guilherme Abati
Um estojo para iPad da Omnifer, criado pelo designer Jayson D’Alessando, faz com que o tablet da Apple seja acessível a pessoas cegas ao criar espaço para teclas em braille.
O dispositivo inovador usa um equipamento baseado em gás para expandir e recolher as teclas em braille dependendo das letras necessárias para o usuário com deficiência visual, de acordo com o site Dvice,que trata de novidades tecnológicas.
estojo amarelo para iPad com letras em braille em alto relevo.jpg
Capa para iPad da Omnifer
O estojo promete fazer com que uma parcela da população, que até então encontrava-se marginalizada, passe a ter acesso à tecnologia e, dessa forma, possa aproveitar de seus benefícios.
Muitos deficientes visuais utilizam o Voice Over - leitor de tela - quando querem usar produtos da Apple, mas agora, felizmente, há mais opções.
Além do produto da Omnifer, recentemente foi criado o iSense, um conceito de película que torna o iPad, literalmente, em uma grande tela sensível ao toque e que facilita a interação entre usuário e o dispositivo. Infelizmente, ele ainda é apenas um conceito.

TÉCNICO E JUDOCAS PARAOLÍMPICOS DO ALTO TIETE REPRESENTARÃO O ESTADO DE SÃO PAULO EM EVENTO NACIONAL


Os Judocas Paraolímpicos Deficientes Visuais, Mateus Rodrigues dos Santos e Wodson Barreto Cruz de 19 anos participarão no período de 26 a 31 de Agosto do maior evento Continental no segmento Paraolímpico Estudantil, trata-se das Paraolimpíadas Escolares Edição 2011. 

O Evento contará com a participação dos paraatlétas das modalidades Atletismo, Natação, Futebol de Cinco, Futebol de Sete, Goalball, Tênis de Mesa, Bocha, Tênis em Cadeira de Rodas, Judô e Voleibol Sentado, dirigidos aos segmentos das pessoas com Deficiência Intelectual (DI), aos Deficientes Físicos (DF) e Deficientes Visuais (DV), das faixas etárias dos 12 aos 19 anos, regularmente matriculados nas Escolas do Ensino Fundamental, Médio e Especial das 26 Unidades Federativas mais o Distrito Federal. 

O Evento terá a participação de 1.820 pessoas entre Estudantes, Comissão Técnica e Dirigentes. A Organização ficará sob a responsabilidade do Comitê Paraolímpico Brasileiro- CPB com o Apoio do Governo do Estado de São Paulo, através da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Prefeitura de São Paulo e Ministério dos Esportes.

A Abertura das Paraolimpíadas Escolares 2011 será no dia 27, das 17h às 20h na Arena do Anhembi, com Entrada Franca e com certeza um grande espetáculo para alegrar os olhos dos participantes e Públicos em Geral. 

No período de 28 a 30 a garotada participará das Clínicas Pedagógicas Específicas das referidas modalidades, para tirar as dúvidas com os Técnicos de Áreas e também as Competições, onde o Judô Paraolímpico se fará presente na Arena do Clube Espéria na Cidade Paulista. 

Wodson e Mateus participarão do Evento competindo na Categoria B de 16 a 19 anos da Classe Ligeiro até 60 kg. 

Santos cursa o último ano do Ensino Médio na E.E. Jornalista Paulo Eduardo Olintho Rehder de Poá e Cruz é estudante do segundo Ano do Ensino Médio da E.E. Homero Fernando Milano da Cidade de Itaquaquecetuba. 

Os Judocas ainda fazem parte do “Projeto Judô Paraolímpico” sob o comando do professor de Educação Física Hélio Rong Junior, responsável pela Modalidade na Secretaria de Esportes e Lazer da Prefeitura de Mogi das Cruzes que estará atuando nas Paraolimpíadas na qualidade de Técnico do Estado de São Paulo pela terceira vez consecutiva a Convite da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, responsável pelos 176 integrantes da Delegação Paulista. 

Rong salienta que o evento será muito competitivo e seus judocas já obtiveram resultados significativos. 

Mateus é Bi Campeão das Paraolimpíadas Escolares e já integrou a Seleção Brasileira no Parapan do México e no Mundial para Jovens dos E.U.A. em 2009. 

O Judoca Wodson que participará pela segunda vez, foi Terceiro Colocado na edição anterior e atualmente é o Campeão Brasileiro para Iniciantes. Rong observa que as Paraolimpíadas Escolares têm o objetivo de revelar novos talentos, com o intuito de preparar a Geração de paraatletas que irão representar nossa Nação no maior Evento Desportivo do Globo Terrestre, as Paraolimpíadas (Olimpíadas) do Rio de Janeiro em 2016, finaliza. 
  



segunda-feira, 22 de agosto de 2011

SAUDÁVEL NA FRANÇA, DOENTE NOS ESTADOS UNIDOS


Viomundo
Washington, 05/08/2011

Entrevista com Manuel Vallee, especialista em sociologia médica e está terminando de redigir a tese "“Desconstruindo a Epidemia Americana de Ritalina"

Heloisa Villela
Acho curioso o altíssimo índice de casos de TDAH, o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade, nos Estados Unidos. Há tempos me pergunto se a cultura de um país pode influenciar o diagnóstico. Conversando com Stuart Kirk, autor do livro sobre a história do DSM — Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, manual das doenças mentais editado nos Estados Unidos –, ele me sugeriu procurar o professor Manuel Vallee, da Universidade de Berkeley, na Califórnia.

Manuel Vallee é formado em antropologia, com PhD em sociologia. Ele se especializou em sociologia médica e está terminando de redigir a tese “Desconstruindo a Epidemia Americana de Ritalina: Contrastando o Uso da Ritalina EUA-França”. Ele decidiu comparar o olhar dos psiquiatras franceses com o dos americanos no que diz respeito ao TDAH.

Até os anos 70, a grande maioria dos psiquiatras americanos praticava a psicanálise e, por isso, olhava sintomas das doenças como sinais que deveriam ser compreendidos e estudados, não como problemas em si. O que antes servia de porta de entrada para conhecer o outro passou a ser o foco do tratamento.

Assim, a tendência dominante hoje, pelo menos aqui, é de tirar o indivíduo de seu contexto social e isolar os sintomas. É uma forma de enquadrar a psiquiatria nas fronteiras bem explícitas da medicina biológica, com doenças claramente reconhecíveis e tratáveis. Com isso, elimina-se a subjetividade, o impacto do meio social sobre o individuo. Daí, o recurso fácil às drogas.

Recentemente, o jornalista Jed Bickman publicou, no site <http://counterpunch.org/> Counterpunch, um artigo alertando que em breve poderemos ter repetido, com as drogas para esquizofrenia e os antipsicóticos, o fenômeno que aconteceu com a ritalina: receitas em número cada vez maior para jovens e crianças.

Mas, na entrevista com o dr. Manuel Vallee, tratamos apenas do transtorno do déficit de atenção com hiperatividade, o TDAH.

Viomundo –- Como o senhor se interessou em estudar o tratamento do TDAH, doença que hoje já se considera uma epidemia nos EUA?

Manuel Vallee -– Quando estava na universidade, fiz uma cadeira de antropologia médica e o meu professor, que era espanhol, me perguntou se eu estava trabalhando em algum lugar. Quando disse que estava trabalhando em um agência de publicidade, com a conta de uma empresa farmacêutica, ele ficou doido. Passou meia hora me falando o que eu podia fazer. Fiquei pensando no que fazer. Comecei a desenvolver uma atitude mais crítica em relação à indústria farmacêutica. Como estudante, fiz análise da CHADD (Children and Adults with ADHD, Organização Americana de Crianças e Adultos com TDAH). Descobri que eles estavam brigando para desregulamentar a venda de Ritalina. Alguns jornalistas descobriram, depois, que a organização tinha financiamento da indústria farmacêutica. Quando essa informação veio à tona, eles pararam de brigar pela liberação da Ritalina. Quando estava estudando a CHADD, tive a oportunidade de fazer um projeto de pesquisa na França. Primeiro, queria estudar o uso de antidepressivos. Mas era igual nos dois países [Estados Unidos e França]. O meu orientador me disse: “O que você precisa é encontrar um país que seja muito semelhante, mas onde os resultados sejam completamente diferentes”. Comecei a olhar para outras drogas e percebi que com a Ritalina isso acontecia. Os franceses adoram um remedinho. É um consumo altíssimo. Segundo a Organização Mundial de Saúde, os Estados Unidos são os líderes no consumo per capita de remédios. A França vem em terceiro lugar. Mas, na França, é mais difícil dar Ritalina às crianças. Na minha visão, isso tem relação direta com quem domina o campo do TDAH. Nos Estados Unidos, a psiquiatria biológica ganhou poder nos anos 80, depois da publicação do DSM III (o Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, ou Manual Diagnóstico e Estatístico das Doenças Mentais). Mas, na Franca, a psiquiatria biológica não tem o mesmo poder. E os psiquiatras biológicos não são os que lidam com o problema do TDAH. Na Franca, os psiquiatras são treinados na psicanálise e aqui, são treinados na psiquiatria biológica, o que provoca diferenças fundamentais no conceito do TDAH. Aqui, é uma doença biológica e na França é um distúrbio de efeito psicológico causado por algum trauma ou pelo ambiente social e o tratamento é terapia psicológica, aconselhamento familiar, terapia de grupo, terapia da fala… é um olhar mais holístico.

Viomundo - – Antes de começar seu estudo, o senhor tinha alguma conexão pessoal ou acadêmica com a França?

Manuel Vallee -– Sou franco-canadense, falo francês fluentemente. Isso ajudou muito no trabalho. Foi um dos motivos e tive oportunidade de levantar financiamento para a pesquisa lá. Fazia mais sentido do que ir para a Itália ou um país escandinavo.

Viomundo -E quais são os resultados desses tratamentos diferentes nos dois países?

Manuel Vallee –- Países diferentes adotam estatísticas diferentes. Na França, eu consegui dados sobre o uso da Ritalina, mas não sobre os diagnósticos, por exemplo. Olhando os resultados aqui [nos Estados Unidos], eles também não são claros. Por exemplo, dizem que as crianças têm um rendimento melhor com a Ritalina. Mas todo mundo tem. Ela foi usada, originalmente, para manter pilotos [da aviação] focados e acordados. Então, o que você quer dizer com resultados? Qual é o resultado em três meses? Bom, mas… e depois? Não encontramos estudos de longo prazo. A indústria farmacêutica é que financia os estudos e não tem nenhum interesse em estudar isso. A não ser que seja obrigada. Alguns estudos mostram que as drogas perdem a eficácia depois de seis meses. É preciso descobrir se ajudam as crianças mesmo. E depois de dois anos, dez  anos? Existem resultados negativos para a saúde? Existem vários. O FDA (Food and Drug Administration, agência federal que regulamenta o consumo de remédios e alimentos nos Estados Unidos) teve que botar uma tarja preta na caixa do remédio, alertando que ele pode provocar alucinações, problemas cardíacos, derrame e até a morte. Para algumas crianças que têm disposição genética, a Ritalina foi apontada como causa de problemas cardiovasculares, houve casos de crianças que morreram.

Viomundo -– Recentemente, foi divulgado um estudo dizendo que a Ritalina não provoca problemas cardiovasculares. Mas o pé da reportagem dizia que o estudo tinha sido financiado pela indústria farmacêutica.

Manuel Vallee –- Sob o olhar crítico da Ciência, esses estudos não têm valor. Eu recomendo a você o livro do John Abramson, “Overdosed America: The Broken Promise of American Medicine”. Ele é da Universidade Harvard e foi treinado para analisar pesquisas. Ele encontrou vários problemas com os artigos publicados no Lancet, no Journal of the American Medical Association (JAMA), no New England Journal of Medicine [jornais médicos que são referência mundial]. Deu-se conta de que as conclusões eram fraudulentas, afirmações feitas sem base. E acabou descobrindo a indústria farmacêutica por trás, financiando as pesquisas. Ele deixou claro que os estudos financiados pela indústria não são confiáveis.O psiquiatra britânico David Healy também fez muita pesquisa sobre a indústria farmacêutica e foi consultor do grupo que processou os fabricantes do Prozac e de outros antidepressivos. Por isso, teve acesso a todos os dados e descobriu que o antidepressivo não tem nenhum benefício significativo, quantitativamente, quando usado para crianças. E, com adolescentes, na verdade aumenta o risco de suicídios. Ele descobriu que quando as indústrias mandam pesquisas à FDA pedindo a aprovação de remédios, elas escolhem apenas o que tem de positivo no resultado, para promover. Ele provocou um furor e muitos protestos na FDA.

Viomundo -– Começando pelo diagnóstico do TDAH, ele difere muito nos Estados Unidos e na França?

Manuel Vallee -– O DSM (manual de diagnósticos adotado nos Estados Unidos), o sistema da França e a classificação da Organização Mundial de Saúde deveriam ser bastante similares, mas existe uma grande diferença entre estes sistemas de classificação.

Viomundo -– O dos Estados Unidos é mais abrangente?

Manuel Vallee -– Para a classificação do TDAH é bem mais abrangente que o sistema da Organização Mundial de Saúde. Os americanos dizem que o sistema da OMS tem muitos defeitos. Enquanto isso, os britânicos dizem que os americanos estão completamente loucos. Você conhece a Lynn Payer? Ela é jornalista americana da área médica e escreveu um livro chamado “Medicine and Culture”, onde mostra o preconceito etnocêntrico de cada país. Todos acham, sendo os fundadores da Medicina moderna, que têm o monopólio da maneira certa de fazer as coisas. O que eu achei interessante entre os americanos e os franceses é que o DSM-IV leva a um diagnóstico de TDAH em 5% das crianças do país, enquanto o método da França atinge 1%. Então, a versão
americana leva a um volume de diagnósticos cinco vezes maior.

Viomundo -– Que outras diferenças existem na hora de fazer o diagnóstico?

Manuel Vallee -– Na França, eu ouvi repetidas vezes que o TDAH é uma das doenças mais difíceis de diagnosticar porque tem tantos aspectos diferentes. É muito importante ter um extensivo e rigoroso processo. Analisar todas as opções para ter certeza de que foram eliminadas todas as possíveis explicações alternativas. Você só pode chegar ao diagnóstico depois de eliminar toda e qualquer outra explicação. Os franceses dizem que esse processo, em geral, leva entre oito e 24 horas. E eles preferem dar de 8 a 24 horas de avaliação, com psicoterapeuta, assistente social e tudo mais. Mesmo os que defendem com força o uso da Ritalina nunca chegam ao diagnóstico com menos de 8 horas de avaliação.Aqui nos Estados Unidos, o tempo gasto para se chegar a um diagnóstico de TDAH para criança é de 45 minutos. Fica entre 22 a 72 minutos. É claro que existem exceções… Nos Estados Unidos, o campo do TDAH é dominado pelos pediatras. Eles lidam com a grande maioria dos casos. E prescrevem 70% dos remédios consumidos pelas crianças.

Viomundo -– Nem mandam a criança para um psiquiatra?

Manuel Vallee -– Não. E quando você começa a olhar para isso mais profundamente, fica complicado, porque existem muitos fatores contribuindo para o resultado final. Nos Estados Unidos, você pode encontrar médicos que gostariam de passar mais tempo com a criança. Mas eles são avisados pelo HMO [health maintenance organization, organização que sob a lei americana pode oferecer atendimento em certos hospitais e com certos médicos] ou pela empresa de seguro de saúde que serão reembolsados apenas por uma visita de 45 minutos. Qualquer tempo extra que eles investirem no caso vai ter que sair do bolso deles. Temos um sistema que conspira para essa abordagem completamente diferente de tratamento.

Viomundo -– Que outras diferenças o senhor encontrou, nos dois países, com relação ao tratamento do TDAH?

Manuel Vallee –- Além do tratamento mais holístico, que envolve a escola e a família, os franceses ensinam os pais a reconhecer melhor os pontos fracos e fortes dos filhos. Também levam a Ritalina em conta, mas apenas como último recurso. Nunca como tratamento único. Fiz questão de procurar os médicos que defendem o uso da Ritalina na França. E até mesmo eles disseram que jamais usam apenas o remédio. Enquanto isso, nos EUA, 70% das crianças diagnosticadas com TDAH tomam Ritalina, ou um outro estimulante. E em 50% dos casos, é tudo que recebem. Então, é um tratamento completamente diferente nos Estados Unidos e na França. Agora, existem pais, nos Estados Unidos, que buscam um tratamento mais holístico. Terapia, aconselhamento, mas têm que montar o pacote sozinhos. E é mais caro. Um dos motivos pelos quais o sistema francês pode oferecer esse tratamento mais holístico é porque é pago pelo governo; 85% do custo são pagos pelo governo.

Viomundo -– Esse é outro aspecto que influencia as decisões, o tipo de sistema de saúde que existe nos EUA?

Manuel Vallee –- Ou a falta de um sistema de saúde…. Outra coisa que acontece nos Estados Unidos está ligada ao treinamento de professores. Quando a criança chega ao consultório do pediatra ou do psiquiatra, ele já tem todo um dossiê, informações sobre aquela criança, fornecidas pela escola.. O sistema produz incentivo na direção de um diagnóstico. Eu sei que houve muita resistência quando a indústria farmacêutica tentou treinar os professores na França. O ministro da Educação combateu veementemente, dizendo que esse não é o papel dos professores. Eles têm que ensinar e não diagnosticar. Para isso existem os médicos.

Viomundo -– O professor olha apenas para o comportamento da criança, mas não sabe qual é o contexto. E a impressão que eu tenho do sistema, aqui, é que na maior parte do tempo, todo mundo é retirado do seu próprio contexto e analisado com base apenas nos chamados sintomas, que podem ser apenas uma reação a isso ou aquilo. Por isso acho difícil entender um psiquiatra pegar um questionário sobre o comportamento da criança, preenchido pelo professor, outro dos pais, olhar a criança por 25 minutos e chegar a um diagnóstico sem saber de onde vem essa criança, qual é a história da vida dela.

Manuel Vallee -– Exato. É a descontextualização do indivíduo.

Viomundo -– Isso também leva os profissionais a se apoiarem mais em remédios?

Manuel Vallee -– Com certeza! Mas não é apenas isso. Eu dou aula de sociologia médica e sempre peço aos meus alunos que olhem para a individualização das doenças. Não apenas das psiquiátricas, mas de todas elas. Quando a pessoa aparece no consultório por causa de asma ou diabetes, o que fazem é individualizar a doença. Encontrar algo errado com o comportamento do paciente. Ver se pode haver algo errado com os genes da pessoa. Mas ninguém fala do quadro geral. Por que as crianças que vivem perto de um porto têm vinte vezes mais casos de asma que as outras? Então, ninguém fala do contexto social, ninguém discute porque as pessoas que vivem nas áreas mais pobres de Richmond [cidade da Virginia, Estados Unidos], com menos acesso a comida de qualidade, têm índices de câncer mais elevados? Para cada incidência de doença vamos encontrar que as classes mais baixas têm menos acesso a recursos e têm índices maiores de doenças. Esta tem sido a tendência nos Estados Unidos, nos últimos 50 anos. E desde a publicação do DSM-III a psiquiatria parece estar tentando seguir essa tendência de descontextualizar as doenças. Fomos relegados a esse tipo de solução, que tem como alvo o nível biológico das coisas. Ninguém olha para as causas sociais. E eu acho que a descontextualizarão das doenças é ainda mais importante para as doenças mentais, me parece.

Viomundo -– No resumo do seu trabalho, que ainda vai ser publicado, o senhor diz que os países do Terceiro Mundo devem ficar alertas. Por quê? Em algumas escolas brasileiras já existem programas de cooperação com psiquiatras, para treinar professores no reconhecimento de crianças com TDAH na sala de aula…

Manuel Vallee -– Isso também acontece aqui. Você conhece o Peter Breggin? Em um dos livros dele, ele fala dos seminários para professores que são organizados pela indústria farmacêutica. Não foquei nessa área. Ainda quero pesquisar o papel da escola na produção dessa epidemia. Não tive oportunidade ainda e decidi focar primeiro na comunidade médica, para ver quem lida com TDAH e qual é a predisposição deles para analisar isso. Quando terminar, vou olhar mais detalhadamente para o papel que a educação desempenha nessa história de medicalizar as crianças com Ritalina.